.............................................................................................................................................Carlos Edyl
Assim como muitos, passei a vida esperando o soar de trombetas por anjos anunciando o momento de ser feliz. De tanto que esperei, aprendi a falar a língua dos anjos. E por um lapso, olhei para o passado e percebi os tantos instantes que, por desatenção, por alienação, por várias outras características humanas que me acompanharam, deixei escapar a Felicidade já que, criança ainda, acreditava numa felicidade mais intensa num amanhã que me viria próximo.
Após esse lapso de entendimento do passado, reponho minha atenção ao presente e ao(s) futuro(s) que de hoje será resultado. Teço com o anjo uma cumplicidade tamanha que nos permite mergulhar na profundidade azul do céu que nos é possível. Lembro que “(...) pouco de mim existia nos instantes e horas que muito de você me havia (...)”. E o que sou é conseqüência desse desencontro. Aliás, desconfio que tudo é conseqüência de desencontros. Os encontros, quando muito, atendem as expectativas geradas, concretizam equivocadas tantas expectativas. No fundo, o encontro é um grande desencontro de seres idealizados que nos abandonam quando confrontados com a realidade e suas impossibilidades.
Se o encontro muitas vezes é um esbarrão que faz cair às máscaras platonicamente imaginadas, e os desencontros proporcionam saudades sólidas de momentos que nunca aconteceram, o reencontro por sua vez não nos pega desprevenido, um esbarrão como um súbito encontro. Nem também só se faz notar após ter acontecido, doendo como uma cicatriz de uma ferida que não sofremos.
O reencontro possui algo de premeditado, só revelado após ter acontecido, movidos inconscientemente a tecer uma teia e só dela damos conta quando ela se emaranha com o que descobrimos ser o que, dentre outros nomes, se chama felicidade.O reencontro é impossível ser previsto, mesmo que a alma inteira já se prepare a isso desde a última súbita despedida. O reencontro só é possível pelos desejos da alma, e aos desejos da alma todos os acasos são aliados. Todos desígnios se justificam. Todos os deuses se rendem e assim conspiram. O tempo flui em outra vagarosidade, tornando constantes os momentos quando presentes, confirmando eternidade para sentimentos tão sublimes; se valorizando em cada instante de ausência onde doía uma dor que não se sabia
Assim como muitos, passei a vida esperando o soar de trombetas por anjos anunciando o momento de ser feliz. De tanto que esperei, aprendi a falar a língua dos anjos. E por um lapso, olhei para o passado e percebi os tantos instantes que, por desatenção, por alienação, por várias outras características humanas que me acompanharam, deixei escapar a Felicidade já que, criança ainda, acreditava numa felicidade mais intensa num amanhã que me viria próximo.
Após esse lapso de entendimento do passado, reponho minha atenção ao presente e ao(s) futuro(s) que de hoje será resultado. Teço com o anjo uma cumplicidade tamanha que nos permite mergulhar na profundidade azul do céu que nos é possível. Lembro que “(...) pouco de mim existia nos instantes e horas que muito de você me havia (...)”. E o que sou é conseqüência desse desencontro. Aliás, desconfio que tudo é conseqüência de desencontros. Os encontros, quando muito, atendem as expectativas geradas, concretizam equivocadas tantas expectativas. No fundo, o encontro é um grande desencontro de seres idealizados que nos abandonam quando confrontados com a realidade e suas impossibilidades.
Se o encontro muitas vezes é um esbarrão que faz cair às máscaras platonicamente imaginadas, e os desencontros proporcionam saudades sólidas de momentos que nunca aconteceram, o reencontro por sua vez não nos pega desprevenido, um esbarrão como um súbito encontro. Nem também só se faz notar após ter acontecido, doendo como uma cicatriz de uma ferida que não sofremos.
O reencontro possui algo de premeditado, só revelado após ter acontecido, movidos inconscientemente a tecer uma teia e só dela damos conta quando ela se emaranha com o que descobrimos ser o que, dentre outros nomes, se chama felicidade.O reencontro é impossível ser previsto, mesmo que a alma inteira já se prepare a isso desde a última súbita despedida. O reencontro só é possível pelos desejos da alma, e aos desejos da alma todos os acasos são aliados. Todos desígnios se justificam. Todos os deuses se rendem e assim conspiram. O tempo flui em outra vagarosidade, tornando constantes os momentos quando presentes, confirmando eternidade para sentimentos tão sublimes; se valorizando em cada instante de ausência onde doía uma dor que não se sabia
Querido amigo Edyl,
ResponderExcluirFiquei feliz em receber seu comentário em meu blog e saber que está bem, apesar do "longo e tenebroso inverno", como me disse. Estou reelendo o último livro de "Em Busca do Tempo Perdido" chamado "Tempo Redescoberto" de Proust,lá ele fala: "... Uma hora não é apenas uma hora, é um vaso repleto de perfumes, de sons, de projetos e de climas. O que chamamos de realidade é uma determinada relação entre sensações e lembranças a nos envolverem simultaneamente- relação única que o escritor precisa encontrar a fim de unir-lhe para sempre em sua frase." E você, escrevendo bem como escreve, não tenho dúvidas, de que ao sair desse inverno sairá bem melhor do que entrou, e nos prestigiará com palavras ainda mais lindas do que antes.
Te desejo saúde, força e muita inspiração para novos amanhãs, lindos textos e poesias.
" Reencontrar-se com o passado é fabricar amanhãs" ( C. E. L.)
Um grande abraço
Com carinho